Tomografia Cone Beam
A tomografia cone beam foi utilizada de maneira mais freqüente pela Odontologia a partir da década de 90 pelos cirurgiões buco-maxilo-faciais e pelos implantodontistas. Esse tipo de tomografia surgiu a partir do desenvolvimento de um tomógrafo menor e de um custo mais baixo, indicado especialmente para a região dentomaxilofacial. Produz uma imagem tridimensional dos tecidos mineralizados maxilofaciais, com pouca distorção e uma dose de radiação significativamente menor em relação à tomografia computadorizada normal.
O aparelho de tomografia cone beam ou de feixe cônico, é semelhante ao aparelho de radiografia panorâmica. O paciente é geralmente posicionado sentado, porém, em alguns aparelhos o paciente é colocado deitado. O aparelho possui dois componentes principais, que ficam posicionados nos dois opostos da cabeça do paciente: a fonte ou tubo de raios-x, que emite um feixe de raios em forma de cone, e um detector de raios-x. O sistema formado por esses dois componentes realiza um giro de 360 graus em torno da cabeça do paciente e, geralmente a cada 1 grau de giro, o aparelho adquire uma imagem base da cabeça do paciente, sob diferentes ângulos ou perspectivas. Ao final do exame, com o auxílio de um software específico a sequência de imagens é reconstruída e gerada a imagem volumétrica em 3D. O tempo do exame pode variar entre 10 e 70 segundos, mas o tempo de exposição efetiva aos raios é de 3 a 6 segundos.
Os programas que realizam a reconstrução das imagens na tomografia cone beam podem ser instalados em computadores convencionais, diferente da tomografia computadorizada que necessita de uma estação de trabalho. Devido a isso, qualquer profissional que tenha o programa instalado em seu computador pode manipular as imagens tridimensionais e mostrá-las em tempo real aos pacientes. Os programas de tomografia de feixe cônico, assim como a tomografia computadorizada tradicional, permitem a reconstrução multiplanar do volume escaneado, a