Tomografia computadorizada
Falar de tomografia computadorizada é falar de Rontgen, seustrabalhos e as dificuldades inerentes ao exame do corpo humano. Ver por dentro sempre foi o grande objetivo, isto é, sem abrir o paciente. Objetivo que começou a se tornar realidade com os raios X, melhorou com a ultra-sonografia e que teve grande salto de qualidade quando alguém resolveu tentar acoplar um computador a cristais sensíveis a radiações para construir imagens do interior do corpo. Hoje é desse alguém, ou "desses alguéns" que pretendo falar e lembrar. Também sedeve agradecer aos detentores de direitos autorais de imagens e textospreviamente publicados, que generosamente autorizaram sua reprodução. Agradeço a autorização para reprodução de imagens e texto da Nobel Foundatione da American Mathematical Society. Desde a sua descoberta, no final do século passado, os raios X têm sido utilizados como método de diagnóstico em medicina, através da radiografia e da radioscopia. Com o passar dos anos, o diagnósticoradiológico passou por significativo avanço tecnológico, pela produção deaparelhos de maior potência e qualidade, resultando em melhor aproveitamento da radiação. Um dos momentos mais importantes dessa evolução foi a introdução do computador, utilizado para a realização de cálculos matemáticos a partir da intensidade dos fótons de raios X. Ambrose e Hounsfield, em 1972, apresentaramum novo método de utilização da radiação para medir descontinuidade dedensidades, obtendo imagens, inicialmente do cérebro, com finalidadesdiagnosticas. Neste método, cujo desenvolvimento transcorria há 10 anos seriam feitas diversas medidas de transmissão dos fótons de raios X, em múltiplosângulos e, a partir desses valores, os coeficientes de absorção pelos diversos tecidos seriam calculados pelo computador e apresentados em uma tela como pontos luminosos, variando do branco ao preto, com tonalidades intermediárias de cinza. Os pontos formariam uma imagem correspondente a uma seção axial do cérebro,