tomas robert maltus
A teoria da população de Malthus pode, mais facilmente, ser entendida com base na realidade social de sua época e da repercussão das obras de Goodwin e de Condorcet, que propunham soluções para o grave problema da pobreza decorrente da Revolução Industrial. Os efeitos sociais da industrialização eram agudos: desemprego, doenças, fome, enfim com a abundância de mão-de-obra houve queda nos salários, mulheres e crianças cumpriam jornadas de até 18 horas de trabalho. Aumentando assim a promiscuidade social, epidemias, doenças, e mortes. A lei dos pobres que garantiam o auxílio à população carente era contestada pela classe proprietária de terras e pelos capitalistas industriais devido aos seus elevados custos.
Ao mesmo tempo, as ideias revolucionárias vindas da França encontrava terreno fértil entre os pobres e contestadores sociais na Inglaterra. A reação da classe proprietária e dos ricos foi a de negar qualquer responsabilidade sua pela pobreza generalizada. Os pobres eram considerados como os maiores responsáveis pela sua pobreza e eles mesmos é que deveriam encontrar a solução para ela. Uma resposta a essas questões sociais foi dada inicialmente por William Goodwin, e pelo Marquês de Condorcet. O próprio pai de Malthus aderiu às ideias desses dois autores, que propunham soluções mais “justas” e “políticas” que as soluções “darwinianas” e “naturais”, defendidas por Malthus em sua teoria da população. A primeira versão de sua “lei da população” apareceu como um