Toledo
Segundo Toledo a tentativa de golpe de Jânio Quadros foi um fracassou. Quadros achava que renunciando o seu cargo de Presidente da Republica, com motivos não convincentes, teria o apoio dos Ministros Militares e das massas populares para voltar ao cargo com mais poder. Engano seu, pois ao contrario do que pensava e planejava quem ganhou o apoio e a vitória foi o seu vice, João Goulart. E foi em meio a dois golpes militares, o de Quadros e o dos militares que surgiu o governo de João Goulart, quem em dois anos mudou a cena político-social do pai, trazendo consigo varias crises. Diante do impasse criado pela renuncia de quadros, foi adotado o parlamentarismo. Esse impasse se deu porque os militares não aceitavam a posse de Jango dizendo que o mesmo seria o caos do país, pedindo assim um veto em relação ao governo Goulart que foi reivindicado pelos congressistas. No manifesto feito em 1961 pelos militares, foram levantadas algumas acusações contra Goulart no cargo de vice-presidente, tendo que no ponto de vista dos políticos e militares “de nada adiantava Goulart reiteramente afirmar a sua crença no capitalismo”. Sendo assim, eles deixavam de ver que Goulart era um importante “porta-voz nos meios sindicais e populares, da ideologia populista do Estado protetor e ‘acima das classes’”, e não deixavam de colocar Jango na figura de “perigoso agitador” e de “demagogo sindicalista”. No pouco tempo de existência do regime parlamentarista, o país presenciou três Conselhos de Ministros, que com eles trouxeram novas crises político-intitucionais, tendo assim, o parlamentarismo os seus dias contados. Em Oito de setembro de 1961, foi aprovado o primeiro Conselho de Ministros, que seria presidido por Tancredo Neves do PSD. Denominado de “união nacional”, o primeiro gabinete expressava claramente a derrota do movimento popular. O primeiro gabinete cancelou todas as autorizações da multinacional americana de mineração Hanna Corporation. A outra decisão tomada