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O grande século filosófico de Atenas, o século IV a.C., representa um magnífico impulso idealista, que impregna de pensamento filosófico toda a civilização, mas que logo se detém e morre em dogmas cristalizados; é um voltar-se para si dos homens que renega a cultura para não buscar apoio senão em si mesmo, na sua vontade tensa pelo esforço, ou no gozo imediato de suas impressões.
Quanto à filosofia, é evidente que toma uma forma completamente nova e não continua nenhuma das direções que até então tinha tomado. Os grandes dogmatismos que vemos nascer então – estoicismo e e epicurismo – em nada se parecem ao que lhes precede; ainda que sejam muitos os pontos de contato com seus antecessores, seu espírito é completamente novo. Este é caracterizado por dois traços brilhantes: o primeiro é que é impossível ao homem encontrar regras de conduta ou alcançar a felicidade sem apoiar-se em uma concepção do universo determinada pela razão; a investigação acerca da natureza das coisas não tem um fim