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Contra a discriminação de mulheres no mercado de Engenharia

Revista Crea

Engenheira denuncia Agência do Trabalhador de Guarapuava por anúncio de vaga de emprego sexista por Daniela Licht

A engenheira eletricista Jacqueline Satiko Tsuji teve sua candidatura a uma vaga de Engenharia negada pela Agência do Trabalhador de
Guarapuava. O motivo seria o fato de Jacqueline não atender a uma das exigências para o preenchimento da vaga, que era específica para o sexo masculino. Segundo a profissional, uma amiga informou sobre a existência da vaga, onde constava a informação: ?vaga para engenheiro eletricista, sexo masculino?. ?Eu achei que era só uma colocação infeliz, algo errado constitucionalmente falando?, fala a engenheira. ?Fiz engenharia elétrica como qualquer outro profissional, possuo diploma como qualquer outro engenheiro e acho que tenho o direito de me candidatar e não ser eliminada só por ser mulher?, contesta.
A engenheira denunciou a Agência do Trabalhador ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que firmou um Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC) com a Agência, onde esta se compromete a não mais divulgar vagas com discriminação de sexo, idade e cor.
O caso repercutiu na imprensa estadual e chamou a atenção de profissionais da área. O assessor jurídico da presidência do Sindicato dos
Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), Eduardo Faria Silva, ressalta que, apesar do aumento da participação feminina no mercado de trabalho, que cresceu cerca de 130% entre 2003 e 2011, ainda há uma ?restrição velada? às mulheres na área. ?Este caso choca, no entanto, justamente por expor esta discriminação de forma declarada. Normalmente dão uma resposta qualquer e a pessoa fica sem saber que não foi contratada pelo seu gênero ou orientação sexual?, denuncia o assessor.
O Grupo de Trabalho (GT) Pró-Equidade de Gênero do CREA-PR também tomou conhecimento do caso através da imprensa. ?Em nossas discussões do GT, analisamos questões que demonstram que a sociedade ainda