Tião Carreiro
Tião Carreiro. Este é o nome pelo qual ganhou fama José Dias Nunes, que completaria 79 anos em 13 de dezembro de 2013, não fossem as complicações provocadas por uma diabetes que silenciou seus ponteados em 15 de outubro de 1993. Desde então, milhões de fãs pelo Brasil afora aliviam as saudades ouvindo e tocando as centenas de músicas gravadas por ele em 27 discos 78 rpm (9 com Carreirinho e18 com Pardinho) e 41 LPs, que foram remasterizados em 41 CDs (33 com Pardinho, um com Carreirinho, quatro com Paraíso, dois discos solo e um com Praiano), além de 15 compilações em LP lançadas entre uma e outra gravações originais, compactos simples e duplos.
Tião Carreiro estreou em disco em novembro de 1956 (um bolachão de 78rpm que trazia "Boiadeiro Punho de Aço", no lado A, e "Cavaleiros de Bom Jesus", no B) ao lado de Pardinho, ex-trabalhador braçal e cantor de horas vagas que ele conheceu no circo Rapa Rapa, na cidade de Pirajuí (SP). No início, adotava ainda o nome de Zé Mineiro, passando a seguir para João Carreiro. O batismo definitivo veio por sugestão de Teddy Vieira, então diretor da RCA Victor e parceiro de Tião em alguns dos principais sucessos da dupla. Antes de conhecer Antonio Henrique de Lima, o Pardinho, Tião já havia cantado usando os nomes de Zezinho, junto a Lenço Verde, e de Palmeirinha, primeiro com Coqueirinho e depois com Tietezinho. O novo nome caiu como luva também para a breve dobradinha formada entre Tião e Carreirinho, que registrou nove 78rpm e um LP. Violeiro intuitivo, Tião Carreiro jamais freqüentou escola de música. Foi autodidata também na escrita, ao ponto de criar letras com cheiro de terra e mato para várias músicas de seu vasto repertório. Não bastasse isso, também soube se cercar de poetas com