tireoide
A paratireóide se apresenta sob a forma de quatro nódulos originários dos terceiro e quarto arcos branquiais, dois no ápice dos lobos direito e esquerdo da tireóide e os demais nos pólos inferiores. São comuns as variações de topografia, pois às vezes situam-se junto à laringe sem relação com a tireóide, podendo ser encontradas até no mediastino, junto do timo.1 Cada glândula têm crescimento progressivo até a terceira década da vida, atingindo peso médio de 0,45g no sexo masculino e 0.5g no feminino, com maior eixo de 5mm.
Microscopicamente são constituídas por células principais, células claras e células oxífilas. As "principais" são arredondadas com citoplasma homogêneo levemente acidófilo, produtoras de paratormônio. Quando é menor a secreção ou quando estão em estádio de "repouso", acumulam-se grânulos citoplasmáticos de lipídios e de glicogênio, assumindo caracteres das chamadas "células claras".2 As células "oxifilas" são maiores com citoplasma acidófilo por sua afinidade pela eosina e aparecem na puberdade, aumentando progressivamente em número com o avançar da idade, não secretam paratormônio e têm função ainda obscura.1-3 Todas as células dispõem-se em arranjo cordonal, entremeadas por lóbulos de tecido gorduroso.
O paratormônio é uma proteína com 8500 D de peso molecular4, constituída por cadeia simples de polipeptídio com 84 aminoácidos. É antagônico da calcitonina produzida pelas células C, parafoliculares, da tireóide. Age diretamente nas células dos túbulos renais inibindo a reabsorção de fosfatos e regulando a fosfatúria. Nos ossos age nos osteoclastos que, por ação enzimática, reabsorvem a matriz e solubilizam o cálcio. O paratormônio, portanto, tem função primordial no "turnover" ósseo, isto é, no equilíbrio entre aposição e reabsorção, na manutenção do cálcio sérico em tomo de 8,9 a 10 mg/% e na absorção de cálcio no intestino. O cálcio e o fósforo mantêm proporção de 2:1, desde os cristais de hidroxiapatita (fosfato