tiras em quadrinhos
As HQ tiveram seus primeiros esboços no final do século 19 e início do século 20. Os primeiros personagens que conseguiram maior reconhecimento como The Yelow Kid, Max and Moritz, Krazy Kat, foram as primeiras experiências de uma produção cultural que hoje conta com obras que deixaram de ser apenas infanto-juvenis para atingir também o público adulto. No início as HQ eram tiras diárias em jornais, o que hoje ainda persiste em existir, mas agora de forma marginal, pois o principal veículo de transmissão das HQ passou a ser as Revistas em Quadrinhos, que no Brasil também são chamadas “Gibis”, que significa, “moleque”, e foi o nome da primeira Revista em Quadrinhos lançada no Brasil.
As HQ são produtos sociais, constituídos por empresas e criadores que geram, num determinado contexto social e histórico, as histórias que são transmitidas via quadrinhos. Os quadrinhos com seus recursos (balão de diálogo, imagens, palavras que expressam sons, etc.) e seqüência expressam uma determinada ficção. Esta ficção é produzida por indivíduos que são seres sociais que realizam um trabalho coletivo (e neste sentido as HQ tem certa semelhança com o cinema e se distancia de outras formas de arte cuja produção é mais individual), cuja base só pode ser histórica e social. Os primeiros experimentos em quadrinhos foram as tiras cômicas e somente em determinado estágio de seu desenvolvimento que os argumentos se tornaram não apenas cômicos, mas também ligados à aventura e outros gêneros. É a partir de 1920 que os temas familiares e infantis e os desenhos caricaturais são substituídos por desenhos mais realistas e o tema da aventura emerge. O novo gênero produz a renovação dos desenhos. Os desenhos caricaturais combinam com a comicidade e com a simplicidade dos temas familiares e infantis, o que não ocorre no caso do novo gênero, que exige, devido suas características próprias, um desenho mais realista (Viana, 2005).
A hegemonia das tiras cômicas é