TIPOS DE SISTEMAS ESTRUTURAIS UTILIZADOS EM PONTES
As pontes estão submetidas às mais diversas ações, impostas pela natureza ou pela sua utilização corrente. Na primeira, pode-se citar a ação do vento, que é uma ação dinâmica, e o peso próprio, que é uma ação considerada estática, além de intempéries das mais variadas. Na segunda, se enquadram as cargas trazidas pelos veículos que ali trafegam. Essas cargas dependem do tipo de ponte, rodoviária ou ferroviária, e da classe de utilização da mesma. A ação ocasionada pelo peso de um veículo é um carregamento móvel, que provoca esforços dinâmicos na estrutura e que dependem da posição em que se encontra o veículo no pavimento (tabuleiro) da ponte. Tal efeito dinâmico provoca variações de esforços internos e, consequentemente, das tensões em toda estrutura. Esse fato deve ser estudado detalhadamente pelo projetista, pois provoca fenômenos importantes como a fadiga, que pode levar o material à ruptura com solicitação de tensões bem menores do que as toleráveis. Para fins de projeto estrutural, as ações dos veículos são pré-definidas pela norma brasileira NBR 7188 (1982), para pontes rodoviárias, ou pela NBR 7189 (1985), para pontes ferroviárias, melhor exemplificadas posteriormente.
Para fins de dimensionamento é necessário conhecer as posições da carga móvel que provocam solicitações críticas na estrutura, por meio das envoltórias de esforços. A determinação desta, de acordo com a literatura disponível para Estática das Estruturas, pode ser feita com o auxílio de linhas de influência, que mostram a evolução de um determinado esforço numa seção S ao mover-se uma carga pontual unitária ao longo de todo o comprimento do elemento estrutural. O esforço dito crítico na superestrutura é obtido posicionando-se o carregamento móvel real, da maneira mais desfavorável, na posição de pontos máximos da linha de influência da seção S em estudo, sendo o esforço diretamente proporcional a estes pontos críticos da linha de influência. Portanto, se para cada seção fosse