Tipografia no Século XIX
O termo moderno foi utilizado pela primeira vez quando Fournier le Jeune em seu Manuel Typographique (1764), usou para descrever as tendências de design. Esse termo irá definir uma nova categoria dos tipos romanos.
Conforme FONSECA (2008), os caracteres tipográficos modernos distinguem-se por sua ênfase vertical súbita e agressiva pelo seu forte contraste, conferindo uma aparência mais alta e geométrica.
Giambattista Bodoni (1740-1813), na virada século XVIII, na Itália viria a ser um dos primeiros a criar as primeiras tipografias modernas, se tornando o mais influente dessa época. Em 1790, ele redesenha as letras romanas deixando-as com uma aparência matemática, geométrica e mecânica. Com isso, ele cria um estilo próprio, reinventando as serifas, criando linhas retas e ângulos retos nas hastes das letras. Esse acabamento refinado demonstra o avanço da técnica gráfica na época.
Nessa mesma época em Paris, Firmin Didot (1764-1836) dirigia Imprimerie Royale, e criou em 1791 um tipo bem semelhante ao de Bodoni, havendo assim controvérsias de quem desenhou o primeiro tipo moderno.
No século XIX, o tipo romântico abusava da serifa e ornamentos. Seus traços eram hiper modulados, com eixo racionalistas, serifas abruptas e finas, terminais em botão, abertura pequena e itálico subjugado. Nesse caso, nas letras neoclássicas e românticas o eixo primário era normalmente vertical e o eixo secundário oblíquo. Já o tipo realista foi simplificado neste sentido para facilitar inclusive a reprodução nas gráficas. Possuía pouco traço ou não modulado, eixo vertical; serifas abruptas com pesos iguais aos traços principais, com abertura pequena e o itálico ausente ou trocado pelo romano inclinado.
Surgiram no início do séc. XIX mais precisamente entre 1815 e 1817, também chamadas de grotescas ou góticas. Eram bastante usadas em tamanhos grandes e geralmente em anúncios publicitários. As fontes geralmente possuíam: - relativa uniformidade de