TIPLER
Pode-se dizer que redes neurais artificiais consistem em um modo de abordar a solu¸c˜ao de problemas de inteligˆencia artificial. Neste caso, em lugar de tentar programar um computador digital de modo a fazˆe-lo imitar um comportamento inteligente (saber jogar xadrez, compreender e manter um di´alogo, traduzir l´ınguas estrangeiras, resolver problemas de matem´atica tais como se encontram nos primeiros anos dos cursos de engenharia, etc.) procura-se construir um computador que tenha circuitos modelando os circuitos cerebrais e espera-se ver um comportamento inteligente emergindo, aprendendo novas tarefas, errando, fazendo generaliza¸c˜oes e descobertas, e frequentemente ultrapassando seu professor. Da mesma forma, estes circuitos neurais artificiais poder˜ao se auto-organizar, quando apresentados a ambientes diversos, criando suas pr´oprias representa¸c˜oes internas e apresentar comportamentos imprevis´ıveis. E, melhor ainda, (ou pior) ter um comportamento que nem sempre pode-se prever e compreender, tal como hoje n˜ao compreendemos mecanismos do nosso pr´oprio c´erebro.
Fic¸c˜ao cient´ıfica? N˜ao! Trata-se sim de nova tecnologia que depois de um tempo de latˆencia, emerge encontrando aplica¸c˜oes concretas, algumas das quais ser˜ao mencionadas mais adiante.
1.1 Alguns Fatos Hist´oricos das Redes Neurais
O primeiro esfor¸co conjunto para estudar inteligˆencia artificial (IA) foi o encontro no “Darthmouth College”, em 1956. No livro publicado a seguir [83] com o t
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itulo de “Automata Studies”, o primeiro artigo tratava de redes neurais como um paradigma da arquitetura computacional¿
Pode-se dizer que a´ı nasceram simultaneamente os dois paradigmas da inteligˆencia artificial: simb´olica e conexionista.
Na IAS (Inteligˆencia Artificial Simb´olica), o comportamento inteligente global ´e simulado, sem considerar os mecanismos respons´aveis por este comportamento. Na IAC (Inteligˆencia
Artificial