Tintoretto
Ainda jovem, ganha o apelido Tintoretto, pequeno tintureiro, uma alusão ao ofício do pai, especialista em tintura de seda. Torna-se pintor em 1539, depois de uma rápida passagem pelo ateliê de Ticiano Seu trabalho é particularmente influenciado por pintores romanos que emigram para Veneza, entre 1530 e 1540, e pela pintura de Michelangelo.
TintorettoEm 1548 já tem reputação profissional estabelecida com a série de cenas mitológicas no Palácio de Doge, em Veneza. Pinta capelas e palácios com afrescos, entre eles o teto da Igreja Santa Maria Dell'Orto. Em 1564 decora com cenas do Velho Testamento as salas da Irmandade de San Rocco, da qual é membro.
Entre suas produções estão pinturas grandiosas pelas cores e pelos efeitos de luz, como o quadro Crucificação, de dimensões imensas, que influenciam toda uma geração posterior de artistas. A obra mostra Cristo no centro de figuras humanas ofuscadas por luzes que distorcem as cores e aumentam a dramaticidade da cena.
Dentre as suas principais obras destaca-se "Paraíso", por apresentar uma enorme estrutura e a utilização das mais diversas técnicas que lhe diferencia dos demais artistas da época.
Paraíso destaca um grande contraste de luz e sombra, com a presença de grandes conflitos entre as cores fortes e vibrantes presente na tela, como o vermelho, o branco, o vinho e o marrom, por contrapartida, destaca-se os tons de claro escuro em constante presença na obra. Pode-se afirmar a participação de uma entre as maiores características expressadas no período barroco, a pintura ocasiona efeitos ilusionistas, pois se tem a impressão de uma longa viajem ao céu.
Violentas pinceladas também estão presentes na obra, pois por consequência torna-se a impossível