Thumb Resenha 1
Cristal de Moraes Siqueira RA: 4102712
RESENHA:
CASTRO, Iná Elias. Geografia e Política. Editora Bertrand Brasil. Brasil: 2005. P. 39-94.
MORAES, Antonio Carlos R. Território e história no Brasil. Editora Annablume. P.77-133.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. Editora Ática. P. 123-265.
FRANCA
2014
Os três autores analisados apresentam estudos referentes à relação entre geografia e política. Desenvolvendo seus pensamentos através de bases diferentes, convergem no ponto de que a geografia recorrentemente é utilizada como um instrumento de poder. Uma definição da geografia política é realizada por Iná Elias de Castro, como o campo de estudos que está inserido na relação entre política e o território. Sendo a política a organização dos conflitos sociais e o território a base material e simbólica da sociedade, na qual tais conflitos se inserem e resultam na territorialização. Antonio Carlos Robert Moraes se aproxima da definição de Castro na medida em que demonstra em seu texto a relação do Estado com seu território e espaço. Segundo Moraes, a geografia moderna surgiu no contexto da afirmação dos Estados modernos europeus e representou um elemento central na consolidação do sentimento de pátria e nacionalidade nesses países. A geografia tinha como meio de divulgação o sistema escolar e representava a correspondência entre a dominação estatal e a identificação dos sujeitos com os interesses da comunidade. Castro segue a mesma linha de raciocínio quanto ao surgimento da disciplina e sua relação com a formação dos Estados nacionais, afirmando ainda que a geografia como instrumento de poder foi significativa durante o processo de formação do Estado moderno e na formação dos impérios, nos quais o conhecimento geográfico representou papel essencial na disputa por territórios. Claude Raffestin, no entanto, se afasta de tal