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É dentro deste contexto que o semiconfinamento está inserido como possível opção para tornar mais eficiente o período final da engorda, em que elevada quantidade de concentrado é fornecido para bovinos mantidos em pastagens. De uma forma mais simples, a parte volumosa da dieta é o pasto, o qual está permanentemente à disposição dos animais sendo o concentrado fornecido em cochos, podendo utilizar os mesmos ingredientes do confinamento tradicional.
Para implantação de um semiconfinamento rentável alguns itens relevantes devem ser analisados para que se evitem futuros transtornos. Dentre estes, sem dúvida alguma, o manejo correto das pastagens que permita adequada disponibilidade de forragem, principalmente folhas verdes, é o ponto chave para eficiência do empreendimento.
Em comparação ao confinamento tradicional que utiliza, por exemplo, a silagem de milho como fonte de volumoso, a forragem disponível no semiconfinamento no período das águas pode apresentar composição química mais favorável. Este é o caso da gramínea Coastcross, que apresenta em média 14% de PB e 64% de NDT nas folhas verdes, ao passo que a silagem de milho apresenta em média 8% de PB e 62% de NDT. É evidente que no período seco do ano este panorama não se repete, pois o pasto não apresenta esta qualidade desejável. Entretanto, esta situação pouco ameaça o semiconfinamento, pois com o fornecimento de concentrado devidamente balanceado, formulado em função da baixa qualidade do material ofertado do pasto, desempenhos satisfatórios mesmo na época crítica podem ser alcançados.