THOMAS HOBBES

1922 palavras 8 páginas
THOMÁS HOBBES E O DIREITO

1. INTRODUÇÃO
Thomás Hobbes nasceu em Westport, em 1588 e faleceu em 1679. Em 1608 saiu da Universidade de Oxford e se tornou preceptor do filho de Lord Cavendish. Durante toda sua vida, foi o amigo devotado dos Stuarts. Antes mesmo da revolução de 1648, que vai suprimir o poder real, ele fogiu da Inglaterra, por se sentir ameaçado por causa de suas convicções monarquistas. Viajou por diversos países da Europa, notadamente pela Itália e pela França. Retornou à Inglaterra por ocasião da restauração de Carlos II em 1660.
Em 1642, publicou em Paris o De Cive e, em 1651, faz publicar em Londres o Leviatã ou matéria, forma e autoridade de uma comunidade eclesiástica e civil. O Leviatã foi traduzido para o latim em 1688, em Amsterdam, mas nunca foi integralmente traduzido para o francês.
Pode ser considerado um filósofo de transição para a modernidade. Sua teoria política é comumente destacada como consolidadora do Absolutismo, embora o objeto de suas reflexões tenha sido, propriamente, a Soberania.

2. A FILOSOFIA DE HOBBES
A filosofia de Hobbes é materialista e mecanicista. Assim como a percepção é explicada mecanicamente a partir das excitações transmitidas pelo cérebro, assim a moral se reduz ao interesse e à paixão. Na fonte de todos os nossos valores, há o que Hobbes denomina endeavour, em inglês, e conatus, em latim, isto é, o instinto de conservação ou, mais exatamente, de afirmação e de crescimento de si próprio; esforço próprio a todos os seres para unir-se ao que lhes agrada e fugir do que lhes desagrada (esse tema do conatus será reencontrado no spinozismo).
É partindo de tais fundamentos psicológicos que Hobbes elabora sua justificação do despotismo. O absolutismo da época de Hobbes geralmente se apóia na teologia (Deus teria investido os reis de seu poder absoluto). Hobbes, ao justificar o poder absoluto do soberano, descobre-lhe uma origem natural.
Hobbes ainda conserva aspectos do Absolutismo, pois não admite

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