Thomas Hobbes
Em sua construção hipotética partiu do contrário, ou seja, iniciou sua teoria a partir dos homens convivendo sem Estado, para depois justificar a necessidade dele. Esse estágio do convívio humano sem autoridade, onde tudo era de todos, recebe o nome de estado natural.
Thomas Hobbes nasceu na Inglaterra, em 05 de abril de 1588, vindo a falecer em 1679. Seu pai, um vigário humilde, entregou-lhe, ainda criança, ao tio, que lhe proporcionou uma boa educação.
Teve a oportunidade de, desde os sete anos de idade, estudar os clássicos com Robert Latimer. Interessando-se pelo estudo, aos quatorze anos, Hobbes ingressou na universidade de Oxford, "Magdalen Hall", foi um estudante mediano.
Depois de formado, com vinte anos, foi indicado para ser preceptor do filho de uma família de prestígio. Naquela época os filhos de famílias ricas tinham uma espécie de professor particular, era o chamado preceptor. Esta profissão não rendia muitos ganhos, mas Hobbes pôde usufruir do conforto da casa e da vasta biblioteca, possibilitando o aprofundamento de seus conhecimentos. Além disso, viajou pela França e Itália, onde aperfeiçoou seus idiomas.
Para Hobbes, no estado natural todos os homens são iguais, tendo direito a todas as coisas. Sendo iguais na força (física ou astúcia), os homens desejarão também, as mesmas coisas. Por isso entrarão em guerra. Somos egoístas por natureza. No estado natural a vida está em constante ameaça.
Para haver a paz, é preciso que ocorra um acordo entre as pessoas. Com isso, estaremos saindo do nosso estado de natureza, em que não há convívio social, para fazer o acordo, depositando a confiança no próximo, pois, não é garantia de que ele seguirá o acordo. É o chamado pacto social. As leis naturais (seguir a paz, gratidão, cumprir os pactos, perdão, não ofender o próximo) não tem eficácia, não