Thomas Hobbes
Levando seus princípios para a análise política e social, Hobbes discorda da posição aristotélica que diz que o homem é um animal político. Hobbes acredita que cada homem é diferente do outro e que a vida social é definida pelo egoísmo dessa diferença e pela convenção da convivência em grupo. O Estado em que esses indivíduos vivem não é algo natural, mas artificial, criado por esses indivíduos para alcançar da melhor forma seus objetivos egoístas.
Naturalmente os homens, devido ao seu egoísmo, viveriam em guerra de todos contra todos, cada um tendendo a defender os seus próprios interesses. Conforme palavras de Hobbes, em estado natural o "homem é o lobo do homem". Nesse estado o homem ficaria prejudicado em seus interesses egoístas, pois a qualquer momento poderia perder seu primeiro bem, a vida.
Usando o instinto e a razão ele tenta fugir dessa situação e se autoconservar. Para se conservarem os homens fazem entre si um pacto social e delegam a um único homem, assembléia ou grupo de aristocratas o direito de representá-los. Esse único homem é o rei e ele detém todos os poderes.
Hobbes defendia que a igreja cristã deveria ser administrada pelo monarca, que também poderia fazer a livre interpretação da bíblia, embora não concordasse com os preceitos da reforma protestante nesse sentido.
Escreveu seu primeiro livro filosófico, "Uma Curta Abordagem a Respeito dos Primeiros Princípios" e começou a planejar sua trilogia: "De Corpore", demonstrando que os fenômenos físicos são explicáveis em termos de movimento (publicado em 1655); "De Homine", tratando especificamente do movimento envolvido no conhecimento e apetite humano, (1658); e "De Cive", a respeito da organização social, que seria publicado em 1642. Na sua obra O Leviatã, Hobbes discorreu sobre o estado da natureza humana, que consistiria, segundo ele, em uma estrutura envolta de conflitos, sob rígido estado de guerra. Este estado propiciaria o amplo e irrestrito uso da