Thomas Hobbes Leviatã Ensaio
ICHS- CURSO DE HISTÓRIA
ALEXANDER MARTINS VIANNA
MODERNA II- 2013-II- CADERNO DE ENSAIO I
Aluno (a): Erica Botelho de Carvalho
Em suas considerações finais do tratado “Leviathan” (1651), Thomas Hobbes (1588-1679) diz: “Deste modo, concluí meu discurso sobre o governo civil e eclesiástico, ocasionado pelas desordens do tempo presente...” (HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo: Martin Claret, 2012. p.561). Nesse sentido, a finalidade do tratado seria responder ao problema das guerras civis na Inglaterra durante a década de 1640, diagnosticando os interesses (por meio do método ‘cui bono’ ciceroniano) e demais fatores (culturais, comportamentais e teológicos) que, a seu ver, levaram à instabilidade religiosa e à desobediência civil. Assim, considerando (1) o cuidado constante de Hobbes em combater o que considera ser superstições/ imaginação/ opinião na abordagem de assuntos teológicos, (2) a sua preocupação em distinguir meios, circunstâncias e causalidades naturais e sobrenaturais, (3) o seu acurado trabalho histórico e etimológico sobre temas de impacto teológico e civil, (4) a sua tentativa de definir pontos fundamentais para a fé cristã (centrados somente nas Escrituras e leis naturais), (5) a sua definição de procedimentos de leituras condizentes, a seu ver, com a natureza dos textos bíblicos, (6) o seu embasamento teológico calvinista ao pensar a relação complementar entre a fé, a graça e a obrigação de o poder soberano cristão instruir seus súditos na sua religião (obra pastoral) e, por fim, (7) o modo como demonstra erudição histórica, canônica, legal e bíblica para afirmar que os poderes soberanos civis são de Jure Divino e somente eles têm a prerrogativa de transformar os aconselhamentos da fé cristã em leis, desenvolva um ensaio que demonstre: (A) como Hobbes combate o entendimento (“papista” ou “protestante sectário”, segundo o seu foco crítico) de que a consciência da fé deve preceder a