Thomas Bewick
Thomas Bewick (12 de agosto de 1753 – 08 de novembro de 1828), foi um importante xilógrafo e ilustrador, nascido em Northumberland, Inglaterra.
Bewick revolucionou a técnica da xilogravura, criando a xilogravura de topo. Até então a gravura em metal era a única forma de se conseguir reproduzir um desenho com alta definição. No entanto, transferência da gravura em madeira para o metal era um processo caro que exigia uma tecnologia adicional modelagem em gesso e fundição que no final encareceria o produto. Nesse sentido a gravura feito diretamente no primeiro molde, a xilogravura, era bem mais rápida e não exigia um número muito grande de cópias para custear o produto final.
Sua ideia consistia de usar uma madeira mais dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, instrumento usado para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa maneira Bewick diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu caminho para a produção em larga escala de imagens pictóricas.
Xilogravura
A provável origem da xilografia remete à cultura oriental. De acordo com historiadores a técnica foi criada pelos chineses que já a praticavam desde o Século VI. Durante a Idade Média, a xilogravura firmou-se no ocidente, ganhando inovações durante o Século XVIII. Com sua difusão por diversos países, acabou chegando às nações europeias, onde influenciaram as artes do Século XIX e ajudaram Thomas Bewick a criar a técnica da xilogravura de topo.
No Brasil, a xilogravura tornou-se muito popular na região Nordeste, onde se encontram os mais populares xilógrafos do país. A técnica é frequentemente utilizada para ilustrar textos da literatura de cordel. Quase todos os xilógrafos populares brasileiros, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges, Amaro Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico.