The Sacred Dimension of Nationalism (Smith)

“The ‘Sacred’ Dimension of Nationalism” (Smith) A arte da política interestatal tem sido tradicionalmente dominada pelo problema da ordem. Enquanto não pode­se dizer que não houve períodos e políticas que tenham tido estima por conflitos usando o nome da liberdade, essas aberrações sempre foram temporárias e a reação a elas rápida e eficaz; isto é, até recentemente. Na última década as certezas da Guerra Fria foram repentinamente destruídas e um mundo multipolar emergiu, lotado de correntes populares fortes dentro de uma estrutura mais fluida de regulações e interesses que se cruzam. Por um lado há um crescimento de convenções e tratados que goveram as relações entre Estados, e por outro testemunha­se uma grande quantidade de insurreições populares, perseguições étnicas, movimentos separatistas e conflitos entre
Estados.
Para muitos parece que as lições da SGM foram esquecidas e que houve uma reversão a crenças e ideais passados, considerados responsáveis pela perseguição étnica, pelo terror e pelo derramamento de sangue: entre eles, o nacionalismo e a religião (há uma crença que a maioria dos problemas mundiais provém desses dois, e que não há chance de se ter paz e ordem enquanto eles existirem). Esses estudiosos citam a combinação do nacionalismo com o retorno da religião ‘fundamentalista’, que em alguns lugares como no
Oriente Médio, nos Bálcãs e na Irlanda do Norte foram capazes de amargar relações antes pacíficas e gerar conflitos imensos. Para Juergensmeyer esses ‘nacionalismos religiosos’ tem se tornado uma força poderosa na política mundial, tendo o potencial de se tornar sucessores do comunismo e desafiar a hegemonia do Ocidente laico, levando a uma ‘nova
Guerra Fria’ (uma ideia que Smith considera problemática,