The National Gallery, um museu inicialmente idealizado pelo parlamento inglês, tinha como objetivo primário a exposição de obras de arte para a população, com fins educacionais. Os espaços desse museu foram projetados de tal forma que as pinturas se integrassem, e fossem, portanto, facilmente compreendidas pelo visitante. O museu, inaugurado em 1991, teve como resultado espaços neutros e tradicionais, que não interferem nas obras de arte. Quando pensamos em uma galeria ou museu de arte, The National Gallery se apresenta como um ideal, e isso se deve porque esta obra cumpre o papel que mais se espera dela, a exposição de obras para o público. Mesmo assim, a preocupação com sua forma arquitetônica não foi abandonada, as pessoas que por ali passam admiram o museu e o contemplam também pela sua beleza exterior. Não obstante, esta foi uma preocupação secundária, pois em primeiro lugar a construção foi executada para exercer o papel de uma galeria. Não é possível dizer o mesmo sobre as monumentais obras do mundialmente famoso arquiteto, Frank Gehry. Tomemos como exemplo o museu Guggenheim Bilbao, sua execução, desde o início, já havia sido questionada por tamanha complexidade. Contou com diferentes programas de modelagem, devido as suas formas orgânicas. A obra inovou, porém apenas em seu exterior, pois as salas de exposição são normais, como em qualquer outro museu. Não é apenas incoerente, como também muito criticado, o fato deste edifício ser considerado, por muitos, mais importante do que as obras que abriga em sua coleção. Não houve inovação na sua função básica de museu, e isto se apresenta como um fato preocupante, pertencente a muitas outras obras da arquitetura contemporânea. A forma arquitetônica está, mais do que nunca, sendo explorada em seus limites materiais, até a inversão de seus fundamentos construtivos, se voltando às marcas, ao superfaturamento, e incorporando valores que, originalmente, não lhe pertencem. Este tipo de arquitetura está muito além