The diario de um vampiro
(The Fury) por L. J. Smith
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Capitulo Um
Elena entrou no clarão.
Abaixo de seus pés, pedaços de folhas outonais se congelavam na neve lamacenta. Havia escurecido, e ainda que o temporal começava a diminuir, o bosque ficava cada vez mais frio. Elena não sentia o frio.
Tampouco lhe importava a escuridão. Suas pupilas se abriram completamente, recolhendo partículas diminutas de luz que haviam sido impossíveis para um ser humano.
Distinguiu com toda clareza as duas figuras que forçavam um grande golpe.
Um tinha uma espessa cabeleira escura que o vento havia revirado e se tornado um bagunçado mar de ondas. Era ligeiramente mais alto do que a outra pessoa, e ainda que não pudesse ver seu rosto, de um certo modo soube que seus olhos eram verdes.
O outro também tinha uma mata de cabelos escuros, mas os seus eram mais finos e lisos, quase como a pelagem de um animal. Seus lábios estavam tensionados para trás, mostrando os dentes com fúria, e a graça preguiçosa do seu corpo estava posicionada como uma pantera. Seus olhos eram negros.
Elena os observou por vários minutos sem se mover. Havia se esquecido porque estava ali, por que a haviam arrastado até ali, nos ecos da briga em sua mente. Há tão pouca distancia o clamor de sua raiva, seu ódio e sua dor eram quase ensurdecedor, como gritos silenciosos surgindo dos adversários. Estavam enlaçados em um combate de morte.
“Me pergunto qual deles vencerá”, pensou. Os dois estavam feridos e sangravam, e o braço esquerdo do mais alto balançava de uma forma sobrenatural. Contudo , acabava de empurrar o outro contra o tronco retorcido de um carvalho, e sua fúria era tão forte que
Elena podia senti-la e saborea-la, assim como ouvi-la, e sabia que lhe estava proporcionando uma força incrível.
E então Elena se lembrou por que havia ido ali. Como podia ter esquecido? Ele estava ferido. Sua mente a havia chamado ali, a inundando com ondas de raiva e dor.