Thatcher
Filosofia Social e Política
Ensaio 1
Margaret Thatcher, Bruges, 20 de Setembro de 1988
Com este ensaio sobre o discurso de Bruges em 20 Setembro de 1988 de Margaret Thatcher no colégio da Europa, pretendo expor a minha visão sobre os assuntos mencionados pela Dama de Ferro respeitantes à concepção do modelo europeu, nomeadamente no que diz respeito à relação do Reino Unido com a União Europeia. Thatcher foi a primeira-ministra dos tempos modernos que mais divisões criou, admirada e insultada de igual modo, tanto devido à forma autoritária com que implementava as políticas como pelas próprias políticas em si mesmo. Descrevia-se acertadamente como uma “política de convicções”. Uma convicção é uma crença estabelecida que não admite discussão. No início do discurso deixa bem clara a sua posição perante a permanência do Reino Unido da União Europeia, defendendo que as críticas que tinha vindo feito à Comunidade Europeia não quereriam necessariamente expressar uma vontade de isolar o Reino Unido do resto da Europa. A Comunidade Europeia, como Instituição que deveria expressar um pouco da identidade de cada Estado Membro, deve grande parte de si à história dos britânicos. Tem como tarefa fundamental ser um meio para os que a ela pertencem atingirem o crescimento e reforçarem a segurança do próprio Estado. No entanto, defende que cada país deve manter a sua identidade nacional, tal como expresso em: “Europe will be stronger precisely because it has France as France, Spain as Spain, Britain as Britain, each with its own customs, traditions and identity. It would be folly to try to fit them into some sort of identikit European personality.” Margaret Thatcher, Bruges, 20 de Setembro de 1988.
Thatcher defendia que cada país só conseguiria alcançar o sucesso com iniciativa própria e coragem, não se poderiam prender a uma identidade europeia e esquecer a sua própria identidade. No entanto, os países europeus seriam mais