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CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Os avanços nas tecnologias de comunicações e de transportes reduziram o tempo necessário para mover pessoas, materiais ou informações de um lugar para outro.
Entretanto, em muitos países em desenvolvimento essas tecnologias ainda são em menor número, mantendo, com isso, padrões inadequados de eficiência e eficácia e desrespeito às necessidades de mobilidade e de acessibilidade da população, em especial das classes menos favorecidas.
A falta de investimentos no setor de transporte está cada vez mais originando um cenário totalmente indesejado para o desenvolvimento urbano.
“É precária a situação do setor de transportes no Brasil, tanto do ponto de vista da infra-estrutura física, da organização institucional, ou dos mecanismos de financiamento. Há, claramente, uma enorme defasagem entre as demandas urgentes que recaem sobre o setor e os aparatos: legal, organizacional e físico que o compõem”
(RESENDE, 2003). O grau de ineficiência e ineficácia dos sistemas de transportes no
Brasil causam prejuízos expressivos, tais como: desequilíbrio ambiental, desperdício no emprego de combustíveis, aumento do número de acidentes, dentre outros.
No cenário atual do transporte de carga no Brasil, identifica-se uma matriz de transporte inadequada, isto é, a participação dos modos aquaviário e ferroviário é pequena se comparada com o rodoviário. O modo rodoviário ainda responde por 60% do que se transporta (bens + pessoas) no país. Isto representa um grande contraste em relação aos
Estados Unidos e outros países como, por exemplo, a Rússia, Canadá e China
(SCHROEDER e CASTRO, 2004; KATO, 2005).
A importância desse modo no Brasil se deu ao longo da história devido aos privilégios concedidos pelas políticas de transporte (BRASILEIRO et al, 2001). No entanto, as condições da frota e dos equipamentos são precárias, em níveis abaixo do observado em países desenvolvidos (COPPEAD, 2002).
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Esses fatos apontam para a necessidade de