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Mas a ofensiva armada de um grupo extremista sunita que pretende derrubar o atual governo do primeiro-ministro, Nouri Al-Maliki, ameaça deixar o país em colapso. Desde janeiro deste ano, o grupo radical sunita do Estado Islâmico (que antes era chamado de Estado Islâmico no Iraque e Levante- EIIL) tem travado combates com o exército iraquiano, que não está conseguindo conter o avanço dos extremistas.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
Os insurgentes já ocupam áreas no oeste e no norte do Iraque, como as importantes cidades de Mosul e Tikrit, cuja população é de maioria sunita. Mais de 500 mil pessoas foram forçadas a fugir dessas cidades e procurar refúgio. As forças rebeldes também avançaram rapidamente nas regiões que fazem fronteira com a Síria, Jordânia e Arábia Saudita e assumiram o controle de usinas de eletricidade e campos de petróleo.
Os rebeldes divulgaram imagens na internet que mostram centenas de homens deitados de bruços em trincheiras e sob a mira de fuzis. Relatos indicam que os insurgentes capturam a população com a intenção de soltar os sunitas, enquanto os xiitas são separados para a execução.
A organização não-governamental Human Rights Watch afirma que há indícios de que centenas de homens foram executados e pede que autoridades investiguem esses crimes de guerra. Para a ONG, além do massacre, os ataques podem provocar uma onda de refugiados e são uma ameaça para a segurança de milhares de mulheres.
A população iraquiana é dividida entre sunitas, xiitas e curdos. Os dois primeiros seguem linhas religiosas diferentes do Islã e o último é uma etnia que vive em uma área autônoma. Atualmente, o governo é de maioria xiita.
Em julho, os insurgentes declararam a criação de um “califado sunita” no