textos literarios
O menino no espelho Fernando Sabino tinha sonhos
Sonhos eu também tinha
Fernando realizou sonhos
Os sonhos que ele tinha...
Ele gostava de tudo
E tudo pintava de tinta
Gostava de futebol mais
Existia voleibol que tal?
Ver o por do sol
Em cima daquele farol
E o tempo ia aos poucos
Sendo puxado pelo anzol.
Ele ainda queria ser um
Menino valente e caprino?
Um pequeno infante
Sadio e gripante
Cheio de muitos caprichos
E muito irritante.
Inteligente só ele
Gostava de estudar
Como toda criança
Gostava muito de brincar
Mas depois daquele estudo
Só queria ver o mar.
Sempre se via no seu espelho
E começava a analisar
Como podia ser tão feio
E ao mesmo tempo tão elementar
Que tudo era um mecânico
Aparelho e iria observar.
Apaixonou-se muito novo
Pelo mundo da leitura
Foi atrás do que queria
Sempre a literatura
Abriu muitos horizontes
Com sua escritura.
E aos poucos foi conseguindo
O que ele queria
O menino ficou rapaz
Da noite pro dia
Mas nunca se esqueceu
De onde ele vinha.
Em sua roda de amigo
O distinto leitor
Não deixava de gabar
Seu estimado escritor
Um homem inteligente
Sempre culto e boa gente.
Ao passar dos anos
Foi se articulando
Uma pessoa cheia
De conhecimentos
Que ele prezava
De ensinamentos.
A sabedoria de hoje em dia
Está sendo intencionada
Mas o tempo de Sabino
Aceito e tolerado
Porém, seus colegas com isso
Ficaram muito indignados.
O meu estudo é honesto
Toda confiança inspira
E quem duvida confira
Sabino é rapaz correto
Jamais disse uma mentira.
Teimaram bastante até
Que resolveram apostar...
O seu colega Sustino
Disse: Eu vou lhe mostrar
Que sua sabedoria mente
Ciente pode ficar!
Sabino tinha os olhos tristes
Até por demais
Mas nunca deixava
Que parecesse mais
Talvez por trás deles
Eram coisas naturais.
Começou a escrever romance
Para si mesmo
Mais sabia que era um lance
Que queria seguir
E no decorrer