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Parteiras
No Brasil a assistência ao parto e a nascimento é feita de diferentes maneiras. Ainda que a maioria ocorra em hospitais, o parto e nascimento domiciliar assistidos por parteiras tradicionais ainda estão presentes em todo o país, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste e em especial nas áreas rurais, ribeirinhas, de floresta, quilombolas ou indígenas.
Atualmente no país são realizados, em média, 41 mil partos domiciliares, desses a maioria é assistido por parteiras tradicionais Mesmo sendo dados subnotificados ao Sistema de Informação à Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS), os números nos dão a visão de que as parteiras tradicionais existem e que seus trabalhos deveriam estar dentre as preocupações de gestores e profissionais de saúde de todas as regiões.
Além disso, o parto domiciliar assistido por parteira tradicional é um direito reprodutivo reconhecido por autoridades nacionais e internacionais de saúde, porém a existência no Estado Brasileiro de Marcos Legais e Políticos que respaldam e garantem a implantação de políticas públicas de inclusão do trabalho desenvolvido por parteiras tradicionais, não tem, no entanto, se revertido em mudanças significativas no trabalho e na qualidade de vida destas mulheres.
O Ministério da saúde define como parteira tradicional aquela que presta assitencia ao parto domiciliar baseada em saberes e práticas tradicionais e é reconhecida pela comunidade como parteira. Em muitos lugares a parteira é conhecida como “parteira leiga”, “aparadeira”, “comadre”, “mãe de umbigo”, “curiosa”, entre outras denominações. Porém, o Ministro da Saúde adota a denominação de parteira tradicional por considerar que este termo valoriza os saberes e práticas tradicionais e caracteriza a sua formação e o conehcimento que ela detém. As parteiras indígenas e quilombolas estão incluídas entre as parteiras tradicionais respeitando-se as suas especificidades étnicas e culturais.
A extinção do ofício das parteiras está ligada a