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A área de floresta tropical da bacia amazônica cobre quase metade do território brasileiro, na sua população mal comporta 10% da nacional. Toda a área desse sistema fluvial Solimões-Amazonas era ocupada, originalmente, por tribos indígenas de adaptação especializada à floresta tropical. Em nenhuma outra região brasileira a população enfrenta tão duras condições de miserabilidade quanto os núcleos caboclos dispersos pela floresta, devotados ao extrativismo mineral vegetal e, agora, também ao extrativismo mineral do ouro e do estanho. Os seus modos de vida constituem um variante sócio-cultural típico da sociedade nacional.
Mas de metade da população original de caboclo da Amazônia já foi desalojada de seus assentos, jogada nas cidades de Belém e Manaus. Perde-se, assim toda a sabedoria adaptativa milenar que essa população havia aprendido dos índios para viver na floresta. Com o surgimento dos seringais cultivados no Oriente e da borracha sintética
Foram, no entanto, reduzindo progressivamente as populações tribais autônomas, prela incorporação do sistema de contagio que as dizimava, vitimadas por enfermidade antes desconhecidas, pela guerra e pelo engajamento e desgaste no trabalho. Como os índios, finalmente localizava e coletava na mata as especiarias cujo valor comercial tornava viável a ocupação neobrasileira da Amazônia e a vinculara à economia internacional. Nenhum colonizador sobreviveria na mata sem esses índios que eram seus olhos, suas mãos e seus pés.
No início da colonização do Brasil, ainda no séc.XVI, quando começou o cultivo da cana de açúcar, a sociedade brasileira foi se formando de maneira muito peculiar. As relações entre colonizador branco, o escravo africano e o índio nativo foram condicionadas pelo sistema de produção econômica - A monocultura de cana-de-açúcar - E pela escassez de mulheres brancas. Nesta aula, vamos estudar como se deu essa grande mistura.
Muitos dos portugueses que chegaram na Amazônia com o intuito de