Texto
Água de poço, lago, açudes e remansos.
A calmaria assolando o fantasma do caudilho
E o cusco ali, negaciando os gansos;
Enquanto a onomatopaica dos Quero-Queros
Segue avassalando a coxilha dos pampas.
Represa que se rompe, barragem se arrebenta
Descendo chuva barrenta, cachoeira de podridão
Transformando taipa e sanga num tremendo lamaçal.
Passa o imundo, o maltrapilho, mas bah! que baita pobreza
Passa também o ignóbil que perdeu a realeza.
Falece o temporal... e o aguaceiro enlameado
Dá lugar, a um arroio de águas depuradas
Onde a transparência é capaz de revelar
Às margens do Rio Guaíba, um Por do Sol do caralho
E um brilho faceiro desse teu buenacho olhar.