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Os movimentos sociais no Brasil surgiram com o início do processo de colonização portuguesa. Durante o período colonial os movimentos mais significativos foram os dos indígenas e os dos africanos escravizados. Entretanto, somente a partir da segunda metade do século XX os movimentos sociais se intensificaram, principalmente nos grandes centros urbanos.
Segundo Leonardo Alves Correa e Marcele Fernandes Dias, (especialistas em direito público e gestão pública, respectivamente), apontam no artigo intitulado “ESTADO E SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA: NOTAS SOBRE A EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O ESTADO E OS MOVIMENTOS SOCIAIS”, publicado no site conpedi.org. br, a instauração da ditadura militar a partir do final da década 60 não enfraqueceu os movimentos sociais até então existentes. Pelo contrário, o ambiente repressor e a diminuição dos canais institucionais de participação popular foram fatores que produziram estímulos para a discussão e debates em determinados grupos sociais e o incentivo para os movimentos realizados contra os governos autoritários nas lutas pela liberdade e democracia, na década de 70 e parte da década de 80.
Em contrapartida, estes movimentos eram vistos pelo regime militar como ações de grupos de esquerda que cujo objetivo era desestabilizar o Estado e a ordem social. A relação entre os movimentos sociais e o regime militar era caracterizada pela intensa fiscalização das ações a favor da democracia, perseguição dos líderes e repressão violenta em caso de confronto com o Estado.
“A relação dos movimentos com o Estado era visto em termos de antagonismo e oposição. Enfatiza-se o caráter extra-institucional das práticas populares – e por isso elas não estavam contaminadas pelos vícios da política oficial –assim como sua autonomia em face de partidos políticos e dos aparelhos do Estado em geral”. (GOHN, 2006).
O site História Brasileira, em publicação sobre a redemocratização do Brasil, aponta que no período entre 1964 e 1985