Texto
É dia, a estrada é de terra batida toda ornada com flores silvestres no caminho, ao fundo o ambiente é agradável com sol sobre a grama orvalhada trazendo uma sensação de frescor matinal e cheiro de terra molhada.
Nos campos os fazendeiros tipicamente trajados com seus macacões, retiram o leite das vacas enquanto o frescor da manhã é delicadamente invadido pelo odor de café fresquinho e broa de milho feita em fogão de lenha.
Logo chego com minha charrete na árvore que divide a estrada e tomo o rumo da direita que da uma visão panorâmica de toda a fazenda e é a entrada da minha casa. Uma casa bonita quase toda feita de madeira de lei, com uma cerquinha baixa, na entrada pedras comuns mas bem dispostas formam uma pequena estradinha, nos lados, as parreiras de uvas dão o tom de vivacidade ao ambiente.
Logo desço da charrete e entro pela porta feita de carvalho, passo pela sala e vou até a cozinha onde o cheiro de café fresco e broa de milho me conduziam desde la atrás.
Lá está ela, a razão de tudo isso existir, tudo em volta deixou de ter importância e passou as ser só um fundo colorido para que ela exista, uma pintura, uma obra prima. Estou feliz de ter encontrado a minha outra parte, sem ela nada disso teria motivo. - Olá minha querida esposa!
Nós nos sentamos para tomar café, a broa está divina, macia e molhadinha por cima com bastante queijo na massa.
Nós conversamos sobre uma estufa para o cultivo de plantas que ela adora e deseja começar a produzir para colocar nas feiras e eventos. Ela me entrega um planejamento que ela fez em uma folha de papel, me pergunta sobre o que eu acho, se deveríamos fazer alguma mudança enfim, trivial.
Logo ela se levanta para guardar a louça então eu me ponho a pensar enquanto olho para o projeto da estufa.
A fumaça do café passando por entre os olhos e o projeto até que ... eureka! - E se a feira fosse a própria fazenda! - Hã!? - Sim. Assim nós teríamos todo o campo como feira.