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Filho de imigrantes italianos, Luiz Sacilotto nasceu em Santo André, Estado de São Paulo,em 1924.
O artista nasceu e cresceu no maior pólo industrial do país em um período de grande desenvolvimento social, político e econômico, sempre ouvindo os apitos das fábricas.Foi nesta cidade que montou seu ateliê-residência. Diplomado em 1943 em escola profissional, ingressou no ano seguinte na Hollerith do Brasil como desenhista e projetista de esquadrias metálicas.
Paralelamente, Sacilotto desenvolveu sua carreira artística. Sua obra conheceu uma fase figurativa, na década de 40, e o período concreto, que se estendeu por toda a segunda metade do século passado. Participou da exposição "Ruptura", realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo em 1952 e foi um dos signatários do manifesto de mesmo nome, que marcou o início do movimento concretista brasileiro. Waldemar Cordeiro, que liderava o grupo, identificaria posteriormente Sacilotto como "viga mestra da arte concreta", movimento que segundo o crítico de arte Enock Sacramento, maior estudioso da obra do artista, "foi responsável pela mais incisiva renovação da visualidade brasileira no Século XX.
Desde cedo seu currículo se construiu de forma coerente e invejável. Participou de seis Bienais de São Paulo em 1951, 53, 55, 57, 61 e 67; da Bienal de Veneza em 1952, da Exposição Nacional de Arte Concreta em São Paulo em 1956 e no Rio de Janeiro em 1957. Expôs também na Konkrete Kunst (exposição nacional de arte concreta em Zurique) em 1960 organizada por Max Bill em diversas galerias.
A Arte Concreta foi um dos movimentos artísticos mais importantes ocorridos no Brasil no século XX, influenciando a literatura, a arquitetura, a música, o desenho industrial, a comunicação visual.
A sistematização do movimento, repetição e os jogos ópticos são os pontos fundamentais para a construção de sua obra que mantém-se sempre ligada e relacionada aos meios de produção. O jogo dinâmico que impõe às suas imagens nos