Texto
Resumo Apresentamos, neste artigo, parte dos resultados de uma pesquisa cujo objetivo (entre outros) foi estimular a produção de textos numa classe de Supletivo do Ensino Médio. Após constatar que a simples menção à famigerada “redação” causava “um frio na e analisar contos, barriga” dos alunos, levantamos a hipótese de que, se trabalhássemos sob a perspectiva dos gêneros discursivos, oferecendo-lhes a possibilidade de ler crônicas, poemas, páginas de diários, letras de música triviais da vida do narrador (ou eu-lírico) pequenos textos autobiográficos, que tematizassem episódios
e depois lhes propuséssemos a produção de
conseguiríamos fazer com que nossos alunos
passassem a ter uma nova concepção do ato de escrever, encarando-o como uma atividade natural. Os sujeitos desta pesquisa, realizada no primeiro semestre de 2006, foram 39 alunos da EE “Cap. Deolindo de Oliveira Santos”, de Ubatuba. A partir da seqüência didática desenvolvida e da observação do comportamento dos estudantes no decorrer das atividades propostas e dos seus depoimentos, colhidos no final do projeto, conclui-se que quase a totalidade dos participantes gostou de realizar as produções de textos e, nesse momento, já não demonstrava medo de fracassar nessa competência tão valorizada pela sociedade. Palavras-chave: gêneros discursivos, produção de texto. 1. Introdução O presente artigo pretende apresentar os resultados de uma pesquisa de
produção de textos, realizada numa turma de terceira série do supletivo de Ensino
Este artigo foi gerado a partir da dissertação de mestrado intitulada Leitura e produção de textos de natureza ficcional ou autobiográfica no supletivo de Ensino Médio, orientada pela Profa. Dra. Maria Aparecida Garcia Lopes Rossi. 2 Mestre em Lingüística Aplicada pela Universidade de