Texto Te Rico 1 Considera Es Fundamentais Para Leitura E Produ O De Textos Grifado

UFRN/CCHLA/DEPARTAMENTO DE LETRAS
DISCIPLINAS: LÍNGUA PORTUGUESA I / LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS I
PROF. FERNANDO CORDEIRO
SEMESTRE LETIVO: 2015.1

TEXTO TEÓRICO 1
LÍNGUA, TEXTO E DISCURSO: CONSIDERAÇÕES FUNDAMENTAIS PARA LEITURA E
PRODUÇÃO DE TEXTOS
1. LÍNGUA E LINGUAGEM
O que é a linguagem? Talvez você já tenha ouvido falar inúmeras vezes deste conceito, mas você já parou para pensar em uma resposta para essa pergunta? A verdade é que dificilmente encontraremos uma definição exata. Sabe-se, contudo, que a linguagem serve à nossa comunicação: foi pela necessidade de comunicar-se, de interagir com seus iguais, que tal capacidade surgiu na história da evolução humana. Ainda assim, é muito difícil delimitar o conceito de “linguagem” sem que caiamos em uma profunda reflexão filosófica acerca disso e, na maioria dos casos, em definições ainda imprecisas e/ou incapazes de expressar sua totalidade. Por ora, linguagem pode ser compreendida como uma habilidade, a capacidade que apenas nós humanos temos de nos comunicarmos por meio de línguas. Como consequência dessa definição, temos que 1) a principal função da linguagem é servir à comunicação e; 2) as línguas são sistemas de signos vocais utilizados como meio de comunicação entre os membros de um grupo social ou de uma comunidade linguística (MARTELOTTA et al.,
2010).
Na escola, não é muito raro a concepção de língua/linguagem (doravante utilizaremos esses conceitos como sinônimos para fins didáticos) adotada ser aquela de um sistema fechado de elementos
(sons, palavras e frases), organizados por regras igualmente rígidas. Sob essa perspectiva, ser proficiente em uma língua significa dominar as regras padrões de combinação de seus elementos, dispensando tudo aquilo que está fora dos manuais, fenômenos que efetivamente fazem parte do uso da língua considerados “desvios”. Ou seja, prioriza-se uma norma padrão, uma língua ideal, porém longe daquela que cotidianamente utilizamos em nossas práticas linguageiras. Somos