Texto Tarcisia
Nos anos oitenta, o Serviço Social brasileiro assistiu ao desenvolvimento de uma perspectiva crítica, tanto teórica quanto prática, que se constituía a partir do espírito próprio da Reconceituação. Não se tratou de uma simples continuidade das ideias reconceituadas, uma vez que as condições históricas, políticas e institucionais eram muito diversas das do período anterior; antes o que se operou foi uma retomada da critica ao tradicionalismo a partir das conquistas da Reconceituação – por isto, é adequado caracterizar o desenvolvimento deste “Serviço Social crítico” no Brasil como herdeiro do espírito da Reconceituação: comprometido com os interesses da massa da população, preocupado com a qualificação acadêmica e com a interlocução com as ciências sociais e investindo fortemente na investigação. É precisamente este “serviço social critico” que vem redimensionando radicalmente a imagem social da profissão e hoje é reconhecido no plano acadêmico como área de produção de conhecimento e intervindo ativamente no plano macroscópico na formação de políticas públicas.
2. Os anos 80: a transição democrática, a crise econômica e o Serviço Social
A década de 80 de uma forma radicalmente diferente se comparada com toda sua trajetória sócio-histórica desde as protoformas. O serviço social busca uma nova base de legitimidade – Estado e patronato. Almeja também afirmar sua legitimidade frente aos usuários de sua ação profissional – a classe trabalhadora.
O processo de transição democrática ocorrido no Brasil com o declínio do regime ditatorial também foi marcado por um pacto de elites. As conjunturas de 70 e 80 são marcadas pelo.
O estudo das políticas sociais, na área de Serviço Social, vem ampliando sua relevância na medida em que estas têm-se constituído como estratégias fundamentais de enfrentamento das manifestações da questão social na sociedade capitalista atual.
Não se pode precisar um período específi co do surgimento das primeiras