TEXTO NARKOMFIN

5. Análise formal da obra

• Partido de implantação
Analisando o partido de implantação notamos um certo recuo do edifício no terreno, principalmente da via principal. Situado numa área arborizada, o edifício dispõe de dois acessos diretos ao bloco residencial, sendo esses feitos a partir do térreo, através de escadas. E um acesso indireto através do bloco comum do edifício, onde é realizado por escadas, ligando os blocos por uma passarela a partir do primeiro pavimento.
O edifício foi implantado de forma que as áreas sociais recebessem o sol da tarde e os dormitórios o sol da manhã

• Resolução do programa: relações estabelecidas entre funções internas e externas
A intenção do arquiteto era relacionar o externo com o interno dos apartamentos, exatamente com ideia de integrar a vizinhança, com essa isso ele transforma o térreo e a cobertura em áreas comuns, e cria o bloco de serviços comuns, onde fica localizado a lavanderia, a grande cozinha comunitária, na qual era utilizada obrigatoriamente pela ausência de cozinhas no interior dos apartamentos, uma biblioteca entre outros serviços, fazendo com o que os moradores fossem submetidos a saírem de suas casas, mas sem saírem do conjunto habitacional.
• Espacialidade: relação entre interior e exterior, continuidade/descontinuidade, transparências e opacidades, aberturas e fechamentos, alturas e larguras, mudanças de cotas, interrelações dos espaços internos, relações culturais/arquitetônicas
O piso térreo sobre pilotis torna-se um grande pátio sob o bloco residencial continuamente horizontal, a fachada frontal desenvolvida com janelas em fita trazendo grande transparência as circulações horizontais e nos apartamentos tipo “K” do edifício. Na fachada posterior as aberturas são feitas descontinuamente entre vãos de pé de direito duplo e pé direito único, criando uma linguagem visualmente artística. O broco comum, quebra a continuidade horizontal do bloco residencial, é completamente transparente com sua fachada frontal