Texto Dramático - A Traição do Padre Martinho
Bernardo Santareno nasceu em
Santarém, no Ribatejo, em 1920.
Estudou no Liceu Nacional Sá da
Bandeira até 1939, em Santarém, e mais tarde frequentou a Universidade de Lisboa.
Em 1945, transferiu-se para a
Universidade de Coimbra, onde acabou por se formar em
Medicina, com especialização na área de psiquiatria.
Bernardo Santareno, pseudónimo de António
Martinho do Rosário, foi um dos maiores dramaturgos portugueses.
Foi distinguido três vezes com o Prémio Imprensa.
Entre 1957 a 1958, acompanhou as campanhas de pesca do bacalhau como médico, aproveitando essa experiência como inspiração para muitas obras.
Morreu em Carnaxide, Oeiras, em 1980, com 59 anos de idade.
Poesia
Revelou-se autor de teatro apenas depois de publicar três livros de poesia, Morte na Raiz,
Romances do Mar e Os Olhos da
Víbora.
Prosa
Publicou em 1959 um volume de narrativas, Nos Mares do Fim do mundo, fruto à sua experiência no mar. Teatro
Reconhecido como o mais vigoroso dramaturgo português do século XX, tem sido corrente dividir a sua dramaturgia em dois grandes momentos, um que corresponde às peças escritas entre 1957 e
1962, enquanto momento de “reflexão e busca de novas formas de expressão”.
Nitidamente distinto do segundo momento marcado pela passagem de um esquema tradicional naturalista a um teatro brechtiano. O traço de união a estas duas fases parece ser a atenção prestada a um protagonista comum, o povo português.
O texto dramático é entendido como aquele que se integra na forma literária do drama e implica uma comunicação direta das personagens entre si e com os recetores do enunciado.
Privilegia a dinâmica do conflito, tentando representar as ações e a reações humanas.
O objetivo específico deste tipo de texto é a representação e o espetáculo. Bernardo Santareno, dramaturgo português daquela época, trouxe para a literatura essa união políticoreligiosa e, na peça A Traição do