Terrorismo
País: Reino Unido
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Tópico: Terrorismo
Integração pode reduzir terrorismo no Reino Unido
Os europeus estão assistindo ao crescimento da ameaça terrorista no continente. Dois anos após os atentados de Londres, o Reino Unido não pode mais ignorar as comunidades muçulmanas. O Reino Unido foi alvo de mais atentados que os Estados Unidos ou qualquer outro país europeu. Desde 11 de setembro de 2001, extremistas islâmicos cometeram pelo menos quatro grandes atos de terror em território britânico.
Na tentativa de explicar por que o Reino Unido é mais visado que os Estados Unidos pelo terrorismo islamita, os especialistas costumam citar a fracasso dos países europeus em integrar suas populações muçulmanas.
"Não se trata de células terroristas que operam para além das fronteiras ou exportam guerreiros do Oriente Médio para a Europa", explica Hans Giessmann, professor da Universidade de Hamburgo. Os incidentes em Londres, Glasgow, Madrid e outras cidades européias foram "planejados por terroristas crescidos no próprio país".
"Trata-se de uma vazão de ideologias extremistas para dentro de comunidades privadas de seus direitos", argumenta Giessmann, sugerindo que muitos dos dois milhões de árabes residentes no Reino Unido não conseguiram se adaptar à forma de vida britânica.
Sociedades paralelas
Hazhir Teimorian, especialista de segurança do grupo Limehouse, sediado em Londres, culpa a política de imigração liberal da Inglaterra. "O governo causou grandes danos com sua política frouxa de imigração", afirma ele. Teimorian acha que o governo do Partido Trabalhista sob o primeiro-ministro Tony Blair "deu aos islamitas de todo o mundo a liberdade de se estabelecer na Inglaterra".
"O resultado", afirma ele, "é uma tendência de estas comunidades se fecharem em guetos e se alienarem", o que as torna altamente suscetíveis a ideologias radicais islâmicas, como a jihad pregada pela Al Qaeda.