Terremoto joão câmara 1986
O sismo de João Câmara, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte, foi uma serie de abalos sísmicos que destruíram a maior parte da cidade no ano de 1986. A sequência de tremores de terra que atingiram o município, foi a mais espetacular, melhor estudada e documentada atividade sísmica ocorrida no Brasil. O primeiro evento, sentido pelos moradores e por parte da população de Natal, foi registrado em Brasília, em 21/08/86 e alcançou magnitude 4.3 na Escala Richter. No mês seguinte (3 e 5/09/86), dois eventos com magnitudes 4.3 e 4.4, também sentidos, provocaram pequenos danos e foram acompanhados por várias outras réplicas. Nas semanas posteriores a sismicidade decresceu, mas, no dia 30/11/86, as 05h 19min 48 s (hora local), aconteceu o principal tremor de toda a série, com magnitude 5.1. Ele foi seguido por centenas de réplicas, quatro delas com magnitude maior ou igual a 4.0. Danos significativos ocorreram tanto na área urbana como na rural fazendo com que grande parte da população abandonasse a cidade. Ações da Secretaria de Defesa Civil, além de entidades estaduais e federais, ajudaram a minimizar os problemas dos habitantes locais. Os sismos destruíram ou danificaram 4.000 casas e 500 delas foram reconstruídas adotando certas normas anti-sísmicas, desenvolvidas pelo Batalhão de Engenharia do Exército. Os grupos de sismologia da UnB, da USP e da UFRN desdobraram esforços para documentar, estudar e mesmo orientar as autoridades diante da constância dos abalos sísmicos. O Presidente da República e vários outros ministros visitaram a área atingida. O diretor do Observatório Nacional - Rio de Janeiro, físico Jacques Danon, afirmou que a situação da cidade era preocupante já que novos sismos ainda maiores poderiam ocorrer, e orientou a Defesa Civil a se manter alerta para o caso da necessidade de retirar a população da área afetada. A região de João Câmara é considerada sismicamente ativa (sujeita a terremotos) por estar