Terraceamento
PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS DE SOLOS E ÁGUAS
TERRACEAMENTO
O terraceamento é uma prática mecânica de conservação do solo destinada ao controle da erosão hídrica, das mais difundidas e utilizadas pelos agricultores (Figura 1). O terraceamento teve inicio no Estado de São Paulo, em meados da década de trinta. A grande difusão desta prática ocorreu quando o Departamento de Engenharia Mecânica da
Agricultura (DEMA) e, posteriormente, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral
(CATI), nos anos 1950 a 1980, planejaram, marcaram e orientaram a construção de milhares de quilômetros de terraços com a finalidade de defender as terras cultivadas dos efeitos da erosão (Bellinazzi Júnior et al., 1980).
Figura 1. Área com terraços de infiltração e suas faixas de proteção.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
1
Levantamento e Conservação do Solo
O terraceamento baseia-se no parcelamento das rampas, isto é, em dividir uma rampa comprida (mais sujeita à erosão) em várias rampas menores (menos sujeitas à erosão), por meio da construção de terraços (Figura 2).
Figura 2. Representação esquemática de uma área terraceada mostrando o parcelamento da rampa e a retenção das águas da enxurrada.
Terraço é um conjunto formado pela combinação de um canal (valeta) e de um camalhão (monte de terra ou dique) (Figura 3), construído a intervalos dimensionados, no sentido transversal ao declive, ou seja, construídos em nível ou com pequeno gradiente.
Figura 3. Partes Componentes de um Terraço.
Os terraços têm a finalidade de reter e infiltrar, ou escoar lentamente, as águas provenientes da parcela do lançante imediatamente superior, de forma a minimizar o poder erosivo das enxurradas cortando o declive. O terraço permite a contenção de enxurradas, forçando a absorção da água da chuva pelo solo, ou a drenagem lenta e segura do excesso de água.
Cada terraço protege a faixa que está logo abaixo dele, ao receber as águas da faixa que está acima