TERRA E CINZAS- UM CONTO AFEGÃO
No dia seguinte, os russos estavam- La a aldeia estava cercada. Eu estava no moinho. De repente houve uma explosão. Eu saí. Só via chamas e poeira. Comecei a correr para casa. (RAHIMI A., pag. 35)
- A bomba era muito forte. Ela fez tudo se calar. Os tanques roubaram a voz da gente e foram embora. Eles levaram até a voz do meu avô. Meu avô não pode mais falar, ele não pode mais ralhar comigo... (RAHIMI A., pag. 37)
Dastaguir encontra- se na difícil situação de encontrar o filho e contar- lhe sobre a tragédia que lhes tirou mãe, esposa, irmãos e cunhados alem da audição do filho.
- Dizer isso é pouco, meu irmão, eles não pouparam uma única vida... Eu queria saber o que Deus pode ter contra nós... Nossa aldeia foi reduzida a pó. (RAHIMI A., pag. 35)
Ao caminho da mina o senhor afegão e seu neto surdo deparam- se com um vigia que os ajudaria a encontrar carona com os carros que tinha na mina que Murad trabalha como destino. O vigia também sofre efeitos pós- guerra tornando- o amargo. Quando Yassin chora por estar com sede, o avô leva o até um comercio próximo, onde conhece seu proprietário, MIRZA KADIA, sábio senhor que atira como conselheiro dos amigos.
MIRZA KADIA ajuda Dastanguir a colocar os pensamentos em ordem, consola o enlutado e aconselha- se a deixar o neto enquanto o avô parte para a mina, levando para mina a mais triste noticia para o filho.
- Deixe teu neto aqui vá primeiro sozinho. Fala com teu filho a só, e volta depois. Não tem lugar na mina para que você durma com o menino. E teu filho vai ficar ainda mais infeliz ao ver o menino nesse estado. (RAHIMI A., pag. 48)
- Eu estou falando de Murad,