Terminal rodoviário de stº andré
Seguindo as margens do rio Tamanduateí - que nasce no alto da serra de Paranapiacaba, a barreira histórica entre São Paulo e o litoral - desenvolveu-se desde sempre um caminho que acabou se tornando importante corredor de ligação entre a cidade de São Paulo e o porto de Santos. Trilha para mulas e pedestres, com trechos de transporte fluvial, este primeiro caminho é substituído definitivamente pela ferrovia no final do século XIX. As linhas estenderamse a uma certa distância do sinuoso leito do rio, buscando terrenos mais secos. O desenvolvimento dos municípios ribeirinhos do chamado ABC paulista – a sudeste São Paulo muito deve, na sua origem, à presença da estrada de ferro. Em meados do século XX o modo rodoviário de transporte passa a predominar e com ele desenvolvem-se os serviços de terraplanagem. O rio é retificado e suas várzeas aterradas, enquanto avenidas são lançadas junto às margens, criando-se novas condições de acesso e recuperando para a urbanização amplas áreas antes inundáveis. Ampliando uma tendência histórica, caracterizada pela localização das indústrias às margens da ferrovia, o eixo rodoviário em paralelo cria uma espécie de cinturão industrial ao longo da extensa faixa compreendida entre o rio canalizado e a via férrea. Tratase de uma zona de trabalho e de circulação de pessoas e mercadorias em função da atividade fabril, que praticamente não conta com a presença de habitação, comércio e serviços. A partir dos anos 90 o ABC industrial observa o declínio da sua principal atividade econômica. Muitas indústrias abandonam a região, buscando custos de operação mais reduzidos em zonas industriais emergentes. Os poderes públicos aproveitam a perspectiva de mudança para redefinir o perfil econômico e funcional da região. O ponto alto dessa nova política é o lançamento, em 1999, pela Prefeitura de Santo André, do programa “Eixo Tamanduateí” através do qual se pretendia redesenhar a infra-estrutura