Terigi, flávia. notas para uma genealogia do curriculum escolar. educação & realidade, porto alegre, v.21, n.1, 1996.p.159-186
1131 palavras
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TERIGI, Flávia. Notas para uma genealogia do curriculum escolar. Educação & Realidade.O presente texto faz uma analise do termo curriculum, investigando desde sua genealogia aos anos 90. Nesta perspectiva ela nos alerta para a forma como o currículo tem sido moldado pelas avaliações estabelecidas pelo poder central. Para Flávia Terigi rever os sentidos estabelecidos no passado, nos possibilita refletir sobre a amplitude do termo, que não dever ser visto de forma generalizada ou naturaliza e deste modo perder o sentido real e a evolução adquirido através de mudanças históricas.
O texto é construído a partir de bases teóricas solidas, que ao mesmo tempo em que é apresentada é refutada, construindo uma analise sistemática que demonstra como o termo currículo, representa ao mesmo tempo tudo e quase nada. Assim ela começa citando a pedagogia de Angel Diaz Barriga:
“O conceito “currículo” é criado no contexto da pedagogia da sociedade industrial [...] e se desenvolve nas linhas conceptuais da pedagogia estadunidense (BARRIGA, 1992. Apud TERIGI, 1992:162).
Para este autor o termo currículo é “[...] um pilar pedagógico da massificação da sociedade industrial [...]”. Desta forma a partir desta fase o termo é utilizado de forma “verdadeira”, sendo todo o passado um preparatório deste. Nesta analise ela cita um artigo de Hamilton, na qual “[...] a “origem” do currículo está menos ligada à produção de sentidos e mais a ocorrência terminológica”. Por fim ela cita Kemmis, que critica Marsch, que atribui a origem do termo currículo a Platão e Aristóteles “[...]Foi utilizado por Platão e Aristóteles para descrever os tema ensinados durante o período clássico da civilização grega[...](Marsch, citado por Kemmis, 1988:32)”.Assim TERIGI apresenta três autores, três opiniões que nos revela o currículo como: ferramenta pedagógica, plano estruturado de estudo e indicações do que se estudar, sendo como em sua próprias palavras “[...]o curriculum se parece ao que hoje