Terceiro
A primeira refere-se ao Terceiro Setor como idéia, como conceito e ideal; nesse sentido encarna valores múltiplos como altruísmo, compaixão, sensibilidade para com os necessitados e compromisso com o direito de livre expressão. Nessa face, ele é visto como um conjunto de instituições que encarnam os valores da solidariedade e os valores da iniciativa individual em prol do bem público.
O conceito de idéia é visto como uma iniciativa individual em prol do bem público, ou seja, a idéia de que o ser humano tem a capacidade e a obrigação de agir a fim de melhorar a sua situação e a dos outros, como se o problema estivesse nele e pudesse assumir as rédeas do bem-estar comum. Acima do valor da iniciativa para o bem público ergue-se o valor da solidariedade, a idéia de que as pessoas têm obrigações em relação não apenas a si própria, mas também ao próximo e as sociedades maiores de que fazem parte.
A segunda face é o Terceiro Setor como realidade, que tem permanecido oculta e invisível. O autor atribui o fato à diversidade e à carência de um conceito unificador, dizendo tratar-se de um conjunto de instituições concretas que representam uma força econômica maior do que se costuma reconhecer, que contribui em grande medida para a provisão de importantes serviços humanos e busca apoio em fontes surpreendentemente variadas. O Terceiro Setor como realidade se constitui numa rede de instituições sociais concretas que representam uma força econômica, contribuindo para a provisão de importantes serviços humanos, ou seja, é atualmente uma realidade dotada de grande força econômica.
O Terceiro Setor, como ideologia, forma a terceira face, na qual há quatro mitos que são: o da insignificância ou incompetência, o da virtude pura e de certa santificação e romantismo que permeia sua suposta capacidade de mudar a vida das pessoas, o mito do voluntarismo e o mito da imaculada conceição. Como ideologia, este setor que gera capital social, é