tera
actualidade. Iremos especificar as arquitecturas,
procedendo à sua comparação para chegarmos a
conclusões que podem não ser as esperadas, pois cada
vez mais o importante é o desempenho “a qualquer
preço”. Concluí-se que a diferença entre processadores
RISC e CISC já não reside no tamanho nem no tipo do
conjunto de instruções, mas sim na arquitectura em si, e
as nomenclaturas RISC e CISC já não descrevem a
realidade das arquitecturas actuais.
1. Introdução
Talvez a abordagem mais comum para a comparação
entre RISC e CISC seja a de listar as características de
ambas e colocá-las “lado-a-lado” para comparação,
discutindo o modo como cada característica ajuda ou
não o desempenho. Esta abordagem é correcta se
estivermos a comparar duas peças de tecnologia
contemporâneas, como os sistemas operativos, placas de
vídeo, CPU’s específicos, etc., mas ela falha quando
aplicada ao nosso debate. Falha porque RISC e CISC
não são exactamente tecnologias, são antes estratégias
de projecto de CPU’s – abordagens para atingir um
certo número de objectivos definidos em relação a um
certo conjunto de problemas. Ou, para ser um pouco
mais abstracto, poderíamos chamar-lhes filosofias de
projecto de CPU’s, ou maneiras de pensar acerca de um
determinado conjunto de problemas e das suas soluções.
É importante olhar para estas duas estratégias como
tendo evoluído a partir de um conjunto de condições
tecnológicas que existiram num dado momento. Cada
uma delas foi uma abordagem ao projecto de máquinas
que os projectistas sentiram ser a mais eficiente no uso
um contexto histórico.
Para entender o contexto histórico e tecnológico de onde
evoluíram as arquitecturas RISC e CISC é necessário,
em primeiro lugar, entender o estado das coisas em
relação a VLSI, memória/armazenamento e
compiladores nos anos 70 e inicio dos anos 80. Estas