Teorias sociológicas
As principais teorias sociológicas da religião são: a de Fustel de Coulanges e R. Smith, a de Durkeim e seus seguidores. Essas teorias foram caracterizadas pela fundamentação da explicação a respeito do fenômeno religioso: este é apresentado como fenômeno social e não psicológico.
A teoria de Fustel de Coulanges procura mostrar como a organização social existente na antiguidade clássica teve como amálgama o culto dos ancestrais. Segundo Coulanges este culto é que explicava às normas e cerimônias de casamento, o incesto, a monogamia, a proibição do divórcio, etc.
Coulanges, Robertson Smith e Durkeim tiveram um ponto em comum: acreditavam que a religião surgira da natureza mesma da sociedade. Smith chegou a afirma que os ritos estavam conectados com os mitos; mas os mitos não explicam os ritos. Ver a religião como um fato social para esses autores, é vê - la independente das mentes individuais , é reconhecer – lhes uma existência ou preexistência aos indivíduos. A importância social da religião parece ser ainda maior nas sociedades de pequena escala onde ela tem um caráter geral e abrangente.
Durkheim definiu a religião como uma instituição dotada de ritual e doutrinas, onde se distingue o sagrado do profano e onde existe a igreja como unidade social integradora e integrante. Por isso no totemismo uma forma elementar da religião, mas não foi o totemismo que despertou os sentimentos religiosos do grupo, mas o grupo que despertou o sentimento religioso e totêmico.
Marcel Mauss procura demonstrar a tese de Durkheim de que a religião é um produto da concentração social e se mantém as custas do gregarismo periódico.
Os Esquimós confirmam a tese de Durkheim, no verão os esquimós se dispersam em pequenos grupos familiares vivendo em tendas, no inverno vivem em grupos maiores e mais concentrados em habitações comuns, várias famílias ocupando o mesmo cômodo, de sorte que quando as pessoas se encontram numa fase de relações sociais