TEORIAS DA EVOLUÇÃO: LAMARCK E DARWIN
Lamarck
Jean-Baptiste Lamarck era um botânico reconhecido e colaborador no Museu de História Natural de Paris. A propósito dos seus trabalhos de sistemática, Lamarck enunciou a lei da gradação, segundo a qual os seres vivos não foram produzidos simultaneamente, num curto período de tempo, mas sim começando pelo mais simples até ao mais complexo. Esta lei traduz a ideia de uma evolução geral e progressiva.
Lamarck defendia a evolução como causa da variabilidade, mas admitia a geração espontânea das formas mais simples. Observando os seres vivos à sua volta, Lamarck considerava que, por exemplo, o desenvolvimento da membrana interdigital de alguns vertebrados aquáticos era devida ao esforço que estes faziam para se deslocar na água. Assim, as alterações dos indivíduos de uma dada espécie eram explicadas por uma ação do meio, pois os organismos, passando a viver em condições diferentes iriam sofrer alterações das suas características.
Lamarck afirmava que ao fazerem força para alcançar alimento em árvores altas, as girafas esticavam seu pescoço e com o tempo os pescoços ficavam mais compridos. Essa característica é passada às gerações seguintes, que nascem gradativamente com o pescoço mais comprido. Atualmente, essa ideia de Lamarck é rejeitada.
A lei da transformação das espécies considera que o ambiente afeta a forma e a organização dos animais, de tal modo que quando o ambiente se altera, no decorrer do tempo, produz modificações correspondentes na forma do animal. Essa lei utiliza o princípio do uso e desuso, considerando que o uso de um dado órgão leva ao seu desenvolvimento e o desuso conduz a sua atrofia e, eventual, desaparecimento. Todas estas modificações seriam depois transmitidas às gerações seguintes – lei da transmissão dos caracteres adquiridos. Assim, os filhos de um homem moreno pela exposição ao sol nasceriam com a pele mais escura; o filho de um atleta com músculos desenvolvidos adquiriria, por sua