Teorias da educação ii
HISTÓRIA TEORIAS.
DOS
INTELECTUAIS:
REPRESENTAÇÕES,
CONCEITOS
E
Carlos Eduardo Vieira – UFPR Eixo Temático 6: Intelectuais, pensamento social e educação A História da Educação Brasileira tem uma significativa tradição de estudos acadêmicos sobre o tema intelectuais. Os escritos de Laerte Ramos de Carvalho e de Roque Spencer Maciel de Barros indicavam, na década de cinqüenta do século passado, esta tendência que atravessou os anos sessenta e setenta, a partir da tradicional e, em certa medida, maniqueísta contradição entre escolanovistas e católicos. Nos anos oitenta e noventa a intelligentsia educacional permaneceu focada na produção da área, contudo através de pesquisas apoiadas em novas bases teóricas. A tradicional História das Idéias, marcante nos manuais de História da Educação, não encontrou eco na produção acadêmica. A produção das idéias educativas foi tratada de maneira a focar não somente as teorias, os sistemas de pensamento, mas também os agentes, os projetos, as instituições e, sobretudo, as ações sociais que estas informavam e justificavam. Nos anos dois mil os congressos e as publicações da área revelam a presença regular desta discussão, porém, apesar de mais de cinqüenta anos de experiência de pesquisa, percebemos que a existência de narrativas interessadas na ação dos intelectuais não significou um exercício, sempre necessário, de refinamento conceitual. Em outras palavras, a recorrência ao tema nas pesquisas da área de História da Educação não resultou em reflexões sistemáticas sobre conceitos e teorias sociais capazes de problematizar o papel dos intelectuais no cenário educacional brasileiro. A definição de agentes do campo educacional como intelectuais mostra-se, em grande medida, naturalizada na produção da área, de tal forma que a polissemia do termo e as teorias sociais que abordam as práticas sociais dos intelectuais são raramente enfrentadas. Logo, considerando estes aspectos, o presente trabalho visa discutir diferentes