teorias cientificas contabeis na atualidade
Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá
(Conferência proferida na Universidade de Saragoça em encontro de professores universitários da Espanha em 1998)
Em 1977 recebi uma especial correspondência do Prof. Abrahan J. Briloff, da Universidade de Nova York que acompanhava o seu livro “More Debts Than Credits”, chamando nossa atenção para os gravíssimos problemas que ocorriam nos Estados Unidos, ligados a um processo existente no Senado e que acusava os Contadores de serem incompetentes ou coniventes com as fraudes do mercado de capitais, em razão das adulterações dos Princípios e Normas de Contabilidade. Mandou-me Briloff a seguir muitas outras publicações suas em Jornais e depoimentos que fizera, acusando as manipulações que se produziam com a Normalização. O assunto de tal forma impressionou-me que passei a estudá-lo com maior profundidade. A seguir, passei a observar que as advertências de Briloff possuíam eco em vários outros doutrinadores da Contabilidade, em diversos Países e mesmo nos Estados Unidos. As conclusões a que cheguei, após tantos e tantos anos de investigações sobre esta matéria, hoje as manifesto perante este seleto auditório, nessa tradicional e valorosa Universidade de Saragoça.
1 - Entendo que se vamos produzir Normas, para que as informações sejam a imagem fiel dos fenômenos da riqueza patrimonial, a primeira questão que nos devemos impor é definir o que devemos entender por INFORMAÇÃO e qual a utilidade que efetivamente esta deve prestar a quem a procura. Entendo, também, não ser bastante o informar sem um compromisso com a verdade, como não basta padronizar apenas para que uma coisa seja aceitável por grupos de pessoas, sem convicção sobre a utilidade para todos. A informação é apenas um veículo e não o objetivo final, mas, necessitando permitir um entendimento sem distorções, competente para merecer crédito.
2 - Em qualquer ramo cientifico, utilizamos informações e em todos